Como Montar Sala de Reidratação

Como Montar Sala de Reidratação

A Reidratação é feita por uma reposição fluida afim de prevenir e tratar desidratação, principalmente em pacientes com diarreia. Envolve beber água com quantidades modestas de açúcar e sais, especificamente [sódio] e potássio , podendo ser feita também com uma  sonda nasogástrica. Em casos que o paciente está em um estado grave de desidratação ou desnutrição, a terapia de reidratação é inserida via Intravenosa.

Existem diretrizes  para a avaliação da hidratação do paciente e podemos classificar como:

  • Paciente HIDRATADO, seguir PLANO A , administrado por Enfermeiro/Médico/Técnico de Enfermagem
  • Paciente  DESIDRATADO, seguir PLANO B, administrado por  Médico e Enfermeiro
  • Paciente  com DESIDRATAÇÃO GRAVE , seguir PLANO C   administrado por Médico.
Exemplo de Layout de acordo com RDC 50 para Sala de reidratação (oral e intravenosa) (Ministério da Saúde, Sistema de Apoio à Elaboração de Projetos de Investimentos em Saúde)

A sala de reidratação tem o objetivo de estabelecer uma terapia de monitoramento da saúde do paciente e deve cumprir requisitos de segurança, sendo um ambiente de saúde. Por possuir  métodos invasivos como a reidratação intravenosa, deve possuir equipamentos específicos e fornecer a estrutura necessária para que o paciente sinta-se confortável e seguro. Na sala de reidratação, deve executar e registrar a assistência médica de enfermagem por período de até 24 horas.

Nos casos de paciente desidratado e com desidratação grave, a hidratação é feita em unidades de saúde e ministrada por profissionais de saúde, Administrando solução de reidratação oral ou intravenosa. É um método acessível para tratar os casos de desidratação que causa mortalidade principalmente em crianças. A técnica tem o objetivo de corrigir o desequilíbrio hidroeletrolítico pela reidratação, manter e recuperar o estado nutricional. Essa terapêutica é feita com os sais de reidratação o ral (SRO) que são distribuídos pela OMS ou os fabricados pela indústria farmacêutica.

Principalmente em MANEJO DO PACIENTE COM DIARREIA, é de plena importância  fazer a terapia de reidratação a fim de recuperar a nutrição do paciente e a retomada da alimentação em pacientes que não retém os nutrientes.

PROJETOS PRA CLÍNICAS E HOSPITAIS

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PLANO A:

PARA PREVENIR A DESIDRATAÇÃO NO DOMICÍLIO
Explique as três regras para o manejo adequado
da diarreia no domicílio
1. Dar mais líquido do que o habitual para prevenir
a desidratação
• O paciente deve tomar líquidos caseiros (água de arroz, soro caseiro,
chá, sucos e sopas) ou Sais de Reidratação Oral (SRO) após cada
evacuação diarréica.
2. Manter a alimentação habitual para prevenir a desnutrição
• Continuar o aleitamento materno.
• Se a criança não mamar, continuar com o leite habitual.
• Manter a dieta normal para as crianças maiores de 4 meses, que
comem alimentos sólidos, e também para os adultos.
3. Se o paciente não melhorar em dois dias ou se
apresentar qualquer um dos sinais abaixo, levá-lo
ao serviço de saúde
Sinais de perigo
• Piora da diarreia • Recusa de alimentos
• Vômitos repetidos • Febre
• Muita sede • Sangue nas fezes
Os pacientes devem receber soro oral (SRO) no domicílio se:
• Estiverem desidratados e receberem alta.
• Não puderem voltar ao serviço de saúde.
• Vierem de áreas afetadas por cólera.

PLANO B

PARA PREVENIR A DESIDRATAÇÃO POR VIA ORAL
1. Administrar Sais de Reidratação Oral (SRO)
• A quantidade de solução ingerida dependerá da sede do paciente.
• O SRO deverá ser dado continuamente, até que desapareçam os
sinais de desidratação.
• Apenas como orientação inicial, o paciente deverá receber de
50 a 100 ml/kg, no período de 4 a 6 horas.
2. Observar o paciente continuamente, durante a
reidratação, e ajudar a família a dar o soro oral.
3. Durante a reidratação reavaliar o paciente.
Usar o Quadro para avaliação do estado de hidratação
do paciente.
• Se não apresentar sinais de desidratação, use o Plano A.
• Se continuar desidratado, repetir o Plano B por mais 2 horas
e reavaliar.
• Se o paciente evoluir para desidratação com choque, passar
para o Plano C.
4. Aproveitar a permanência do paciente ou
acompanhante no serviço de saúde para ensinar a:
• Reconhecer os sinais de desidratação.
• Preparar e administrar o Soro de Reidratação Oral.
• Praticar medidas de higiene pessoal e domiciliar

PLANO C

PARA PREVENIR A DESIDRATAÇÃO GRAVE
Tratamento para pacientes menores de 5 anos
FASE RÁPIDA
Solução (1:1) Volume total Tempo de
administração
Metade de soro glicosado a 5%
e metade de soro fisiológico 100 ml/kg 2 horas
Avaliar o paciente continuamente. Assim que ele puder beber, iniciar
o SRO, mantendo hidratação por via venosa.
FASE DE MANUTENÇÃO E REPOSIÇÃO
Volume para manutenção (SG a 5%) 4:1 (SF) 100 ml/kg / 24 horas
+ +
Volume para reposição (SG a 5%) 4:1 (SF) 100 ml/kg / 24 horas
+ +
KCL a 10% 2 ml/100 ml
Tratamento para pacientes maiores de 5 anos
FASE RÁPIDA
Solução (1:1) Volume total Tempo de administração
Soro fisiológico 30 ml/kg 30 minutos
Ringer lactato ou
solução polieletrolítica 70 ml/kg 2 horas e 30 minutos
Avaliar o paciente continuamente. Se não estiver melhorando,
aumentar a velocidade da infusão.
Fase de manutenção
•Quando o paciente puder beber (geralmente em 2-3 horas), iniciar o soro
oral, mantendo-se a hidratação por via endovenosa com 20 ml/kg/dia.
•Observar o paciente por pelo menos 6 horas.
•Retirar a via endovenosa somente quando o paciente puder ingerir SRO
suficiente para manter-se hidratado. A quantidade de SRO necessária varia
de um paciente para outro, dependendo do volume de evacuações.
•Lembrar que a quantidade de SRO a ser ingerida é maior nas primeiras 24 horas
do tratamento, especialmente nos pacientes que tiveram desidratação grave.
•Como orientação, considerar a quantidade média de SRO necessária para estes
pacientes: entre 250-500 ml (SRO/kg de peso/24 horas).
Os pacientes que estiverem desidratados
deverão permanecer no serviço de saúde até
não haver perigo de voltar a se desidratar.

(GOVERNO FEDERAL; SECRETARIA DE VIGILÂNCIA EM SAÚDE – SVS, 2022)

PROJETOS PARA CLÍNICAS E HOSPITAIS

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UNIDADE FUNCIONAL: 1- ATENDIMENTO AMBULATORIAL

 

N.º ATIV. UNIDADE / AMBIENTE DIMENSIONAMENTO INSTALAÇÕES
    QUANTIFICAÇÃO (min.) DIMENSÃO (min.)  
1.1 a 1.5 Ações Básicas de Saúde      
1.1 Sala de atendimento individualizado 1 9,0 m² HF
1.1, 1.3, 1.4 e 1.5 Sala de demonstração e educação em saúde 1 1,0 m² por ouvinte HF
1.1 Sala de imunização 1 6,0 m² HF
1.5 Sala de armazenagem e distribuição de alimentos de programas especiais   1,0 m² por tonelada para empilhamentos com h.= 2,0 m e com aproveitamento de 70% da m³ do ambiente  
1.2, 1.4, 1.5 Sala de relatório   1,0 m² por funcionário  
1.11 Enfermagem      
1.11 Sala de preparo de paciente (consulta de enferm., triagem, biometria)   6,0 m² HF
1.11 Sala de serviços   8,0 m² HF
1.8; 1.11 Sala de curativos / suturas e coleta de material (exceto ginecológico)   9,0 m² HF
1.11 Sala de reidratação (oral e intravenosa)   6,0 m² por paciente HF;EE
1.11 Sala de inalação individual 1, obrigatório em unidades p/ tratamento de AIDS 4,0 m² HF;FAM;FO;E
1.11 Sala de inalação coletiva   1,6 m² por paciente HF;FAM;FO
1.11 Sala de aplicação de medicamentos   5,5 m² HF
1.7 Consultórios ¹      
1.7; 1.8 Consultório indiferenciado 4 NC=(A.B):(C.D.E.F.) * 7,5 m²com dim. mínima=2,2 m HF
1.7 Consultório de serviço social – consulta de grupo   6,0 m² 0,8 m²p/ paciente  
1.7; 1.8 Consultório de ortopedia   7,5 m² ou 6,0 m² ( área de exames comum a outros consultó-rios com área mínima de 7,0 m²). Dim. mínima de ambos=2,2 m HF
1.7; 1.8 Consultório diferenciado ( oftalmo, otorrino, etc.)   A depender do equipamento utilizado. Distância mínima entre ca- HF
1.7; 1.8 Consultório odontológico coletivo   deiras odontológicas individuais numa mesma sala = 1 m HF;FAM;FVC
1.7; 1.8 Consultório odontológico   9,0 m²  
  Internação de Curta Duração ²      
1.11 Posto de enfermagem e serviços 1 a cada 12 leitos de curta duração 6,0 m² HF;EE
1.11 Área de prescrição médica   2,0 m²  
1.8; 1.9; 1.10; 1.11; 1.12 Quarto individual de curta duração 1 10,0m² = quarto de 1 leito

7,0m² por leito = quarto de 2 leitos

6,0m²por leito = quarto de 3 a 6 leitos

HF; HQ; FO; FAM; EE; ED
1.8; 1.9; 1.10; 1.11; 1.12 Quarto coletivo de curta duração   N.º máximo de leitos por quarto = 6

Distância entre leitos paralelos = 1m

Distância entre leito e paredes: cabeceira = inexistente; pé do leito = 1,2m; lateral = 0,5m

Na pediatria e na geriatria devem ser previstos espaços para cadeira de acompanhante ao lado do leito

 

 

AMBIENTES DE APOIO:

  • Sala de espera para pacientes e acompanhantes
  • Área para registro de pacientes / marcação
  • Sala de utilidades
  • Depósito de material de limpeza
  • Sanitários para pacientes e público (mas. e fem.)
  • Sanitários para pacientes (anexo aos consultórios de gineco-obstetrícia, proctologia e urologia)
  • Banheiros para pacientes (1 para cada quarto)
  • Sanitários para funcionários
  • Depósito de equipamentos
  • Área para guarda de macas e cadeira de rodas
  • Sala administrativa
  • Copa

 

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UNIDADE FUNCIONAL: 2 – ATENDIMENTO IMEDIATO

 

Nº ATIV. UNIDADE / AMBIENTE DIMENSIONAMENTO INSTALAÇÕES
    QUANTIFICAÇÃO (min.) DIMENSÃO(min.)  
2.1;2.2 Atendimentos de Urgência e Emergência      
  Urgências (baixa e média complexidade)      
  Área externa para desembarque de ambulâncias 1 21,00 m² de área coberta  
2.1.1 Sala de triagem médica e/ou de enfermagem 1 8,0 m² HF
2.1.2 Sala de serviço social 1 6,0 m²  
2.1.3;2.2.3 Sala de higienização   8,0 m² HF;HQ
2.1.4;2.1.5 Sala de suturas / curativos 1 9,0 m² HF;FAM;EE
2.1.4;2.1.5 Sala de reidratação   6,0 m² por leito HF;FAM;EE
2.1.4;2.1.5 Sala de inalação 1 1,6 m² por paciente FAM;FO;EE
2.1.4 Sala de aplicação de medicamentos   5,0 m² HF
2.1.4;2.1.5 Sala de gesso e redução de fraturas 1 10,0 m² quando houver boxes individuais = 4,0 m² por box HF;HQ;CD;EE
2.1.5 Sala para exame indiferenciado 1. Cálculo do nº de salas: NAU= PG . CHA . A ¹ 7,5 m² HF;EE
2.1.5 Sala para exame diferenciado (oftalmo, otorrino, etc)   A depender do equipamento utilizado HF;EE;ADE
2.1.5;2.1.7 Sala de observação 1 quando não existir a unidade de emergência 8,5 m² HF;EE
2.1.4 Posto de enfermagem e serviços 1 a cada 12 leitos de observação 6,0 m² HF;EE

AMBIENTES DE APOIO:

Urgência ( baixa e média complexidade )

  • Área para notificação médica de pacientes
  • Área de recepção de pacientes
  • Sanitários para pacientes (geral – mas. e fem. e consultórios de gineco-obstetrícia, urologia e proctologia)
  • Sala de utilidades
  • Sala de espera para pacientes e acompanhantes
  • Depósito de material de limpeza
  • Área para guarda de macas e cadeira de rodas
  • Sala administrativa
  • Copa

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