Como Montar um Hospital
PROJETOS PARA CLÍNICAS E HOSPITAIS
- Projeto Executivo
Deverá apresentar todos os elementos necessários à realização do empreendimento, detalhando todas as interfaces dos sistemas e seus componentes.
- Arquitetura
O projeto executivo deverá demonstrar graficamente:
– a implantação do edifício, onde constem:
. orientação da planta com a indicação do Norte verdadeiro ou magnético e as geratrizes de implantação;
. representação do terreno, com as características planialtimétricas, compreendendo medidas e ângulos dos lados e curvas de nível, e localização de árvores, postes, hidrantes e outros elementos construídos, existentes;
. as áreas de corte e aterro, com a localização e indicação da inclinação de taludes e arrimos;
. a RN do levantamento topográfico;
. os eixos das paredes externas das edificações, cotados em relação a referências preestabelecidas e bem identificadas;
. cotas de nível do terrapleno das edificações e dos pontos significativos das áreas externas (calçadas, acessos, patamares, rampas e outros);
. localização dos elementos externos, construídos como estacionamentos, construções auxiliares e outros;
– o edifício, compreendendo:
. plantas de todos os pavimentos, com nomenclatura conforme listagem de ambientes contida nessa norma e medidas internas de todos os compartimentos, espessura de paredes, material e tipo de acabamento, e indicações de cortes, elevações, ampliações e detalhes;
. dimensões e cotas relativas de todas as aberturas, altura dos peitoris, vãos de portas e janelas e sentido de abertura;
. plantas de cobertura, indicando o material, a inclinação, sentido de escoamento das águas, a posição das calhas, condutores e beirais, reservatórios, domus e demais elementos, inclusive tipo de impermeabilização, juntas de dilatação, aberturas e equipamentos, sempre com indicação de material e demais informações necessárias;
. todas as elevações, indicando aberturas e materiais de acabamento;
. cortes das edificações, onde fique demonstrado o pé direito dos compartimentos, altura das paredes e barras impermeáveis, altura de platibandas, cotas de nível de escadas e patamares, cotas de piso acabado, forros e coberturas, tudo sempre com indicação clara dos respectivos materiais de execução e acabamento;
. impermeabilização de paredes e outros elementos de proteção contra umidade;
. ampliações, de áreas molhadas, com posicionamento de aparelhos hidráulico-sanitários, indicando seu tipo e detalhes necessários;
. as esquadrias, o material componente, o tipo de vidro, fechaduras, fechos, dobradiças, o acabamento e os movimentos das peças, sejam verticais ou horizontais;
. todos os detalhes que se fizerem necessários para a perfeita compreensão da obra a executar, como cobertura, peças de concreto aparente, escadas, bancadas, balcões e outros planos de trabalho, armários, divisórias, equipamentos de segurança e outros fixos e todos os arremates necessários;
. se a indicação de materiais e equipamentos for feita por código, incluir legenda indicando o material, dimensões de aplicação e demais dados de interesse da execução das obras;
Quando for solicitado pelo contratante, o projeto executivo será integrado por um cronograma onde estejam demonstradas as etapas lógicas da execução dos serviços e suas interfaces, bem como um manual de operação e manutenção das instalações, quando se tratar de equipamentos ou projetos especiais.
Todos os detalhes executivos que interfiram com outros sistemas deverão estar perfeitamente harmonizados.
Também constará do projeto executivo, se solicitado pelo contratante e previsto em contrato, o orçamento analítico da obra e cronograma físico-financeiro.
PROJETOS PARA CLÍNICAS E HOSPITAIS
- Instalações
2.1. Elétrica e Eletrônica
- Escopo
Após a aprovação do projeto básico pelo órgão competente e/ou cliente, deverá ser elaborado o projeto executivo de instalações elétricas e especiais, atentando para os projetos executivos de arquitetura e formas de estrutura, de modo a permitir a completa execução das obras.
- Produtos
– Memorial descritivo e explicativo das instalações elétricas ou especiais, indicando fórmulas, dados e métodos utilizados nos dimensionamentos: tensão, corrente, fator de demanda, fator de potência, índice iluminotécnico, telefonia, etc.;
– Memorial descritivo da ordem de serviço a ser executada e recomendações quanto a método e técnicas a serem utilizadas.
– Documentos Gráficos:
. As plantas poderão ser apresentadas agrupando-se os diversos sistemas, segundo o seguinte critério: agrupamento 1 – iluminação, sonorização, sinalização de enfermagem, alarme de detecção contra incêndio e relógio; agrupamento 2 – alimentadores, tomadas, telefone, interfone e sistema de computadores;
. Implantação geral – escala ³ 1:500;
. Plantas baixas – escala ³ 1:100;
. Planta de cobertura – escala ³ 1:100;
. Planta corte e elevação da cabine de medição e transformação – escala ³ 1:25;
. Diagrama unifilar geral – sem escala;
. Diagramas trifilares dos quadros elétricos – sem escala;
. Detalhes gerais – escala ³ 1:25;
. Prumadas esquemáticas – sem escala;
. Legenda das simbologias adotadas – sem escala.
– Relação quantitativa e qualitativa dos materiais e equipamentos a serem utilizados nos diversos sistemas, contendo:
. Tipo e qualidade;
. Características para sua identificação;
. Unidade de comercialização;
. Respectivas quantidades;
– Elementos necessários para aprovação junto à companhia de fornecimento de energia elétrica, contendo:
. Plantas e detalhes (escala ³ 100 e ³ 1:25);
. Tabela de carga instalada e demandada;
– Memorial descritivo;
– Outros documentos solicitados pela concessionária;
– Elementos necessários para aprovação junto à companhia telefônica, contendo:
– Plantas e detalhes (escala ³ 1:100 e ³ 1:25);
– Memorial descritivo;
– Outros documentos solicitados pela concessionária.
2.1. Hidráulica e Fluído-Mecânica
- Escopo
Após a provação do projeto básico pelo órgão competente, deverá ser elaborado o projeto executivo de instalações hidráulicas e especiais, atentando para o projeto executivo de arquitetura, de modo a permitir a completa execução das obras.
- Produtos
– Memorial descritivo e explicativo das instalações hidráulicas ou especiais, indicando fórmulas, dados e métodos utilizados nos dimensionamentos e cálculos (volume, capacidade, vazão, etc.);
– Memorial descritivo da ordem de serviço a ser executado e recomendações quanto a método e técnicas a serem utilizadas;
– Documentos gráficos:
. As plantas poderão ser apresentadas, agrupando-se os diversos sistemas, de acordo com o seguinte critério: instalações de água quente e fria, instalações de esgoto e águas pluviais, instalações de gás combustível, instalações de gases medicinais, instalações de redes de proteção e combate a incêndio e instalações da rede de vapor e condensado;
. Planta de implantação geral do edifício, em escala ³ 1:200, desenvolvida a partir do projeto arquitetônico, contendo as redes públicas existentes de água, gás, esgoto sanitário e águas pluviais;
. Plantas baixas dos pavimentos – escala ³ 1:50;
. Planta de cobertura – escala ³ 1:50;
. Esquema isométrico – escala ³ 1:25;
. Detalhes gerais – escala ³ 1:25;
. Detalhes de reservatórios de água – escala ³ 1:50;
. Legenda das simbologias adotadas – sem escala;
– Relação quantitativa e qualitativa dos materiais e equipamentos a serem utilizados nos diversos sistemas, contendo:
. Tipo e qualidade;
. Características para sua identificação;
. Unidade de comercialização;
. Respectivas quantidades;
– Elementos necessários para aprovação junto ao Corpo de Bombeiros contendo:
. Memoriais descritivos;
. Memoriais de cálculo;
. Plantas e detalhes do sistema (escala ³ 1:100 e ³ 1:25, respectivamente);
. Outros documentos solicitados pelo órgão.
– Elementos necessários para aprovação junto à companhia de gás, quando da existência da mesma, contendo:
. Plantas e detalhes (escala ³ 1:50 e ³ 1:25);
. Memorial descritivo;
– Elementos necessários para o dimensionamento do ramal de entrada de água (hidrômetro) e saída de esgoto sanitário, junto à concessionária de água e esgoto, contendo:
. Plantas e detalhes (escala ³ 1:50 e ³ 1:25);
. Memorial descritivo;
. Outros documentos solicitados pela concessionária.
2.1. Climatização
- Escopo
Após a aprovação do projeto básico pelo órgão competente, deverá ser elaborado o projeto executivo de instalações de ar condicionado e ventilação mecânica, atentando para o projeto executivo de arquitetura e de estruturas, de modo a permitir a execução das obras das instalações hidráulicas e especiais por terceiros, segundo padrões convencionais da construção civil.
- Escopo
– Memorial descritivo e explicativo das instalações de ar condicionado e ventilação mecânica, indicando fórmulas, dados e métodos utilizados nos dimensionamentos de: cargas térmicas, consumo de água, carga elétrica, número de troca de ar e filtros de ar;
– Memorial descritivo da ordem de serviço a ser executada e recomendações quanto ao método e técnicas a serem utilizadas para execução de obra.
– Documentos gráficos:
. As plantas poderão ser apresentadas agrupando-se as instalações de ar condicionado, redes de água gelada, ventilação e exaustão e deverão ser compostas por:
. implantação geral – escala ³ 1:500;
. plantas baixas – escala ³ 1:100;
. planta de cobertura – escala ³ 1:100;
. esquema isométrico – escala ³ 1:25;
. detalhes gerais – escala ³ 1:25;
. esquema elétrico – sem escala;
. fluxograma – sem escala;
. legenda das simbologias adotadas – sem escala;
– Relação quantitativa e qualitativa dos materiais e equipamentos a serem utilizados nos diversos sistemas, contendo:
. Tipo e qualidade;
. Características para sua identificação;
. Unidade de comercialização;
. Respectivas quantidades.
UNIDADE FUNCIONAL: 1- ATENDIMENTO AMBULATORIAL
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N.º ATIV. | UNIDADE / AMBIENTE | DIMENSIONAMENTO | INSTALAÇÕES | |
QUANTIFICAÇÃO (min.) | DIMENSÃO (min.) | |||
1.1 a 1.5 | Ações Básicas de Saúde | |||
1.1 | Sala de atendimento individualizado | 1 | 9,0 m² | HF |
1.1, 1.3, 1.4 e 1.5 | Sala de demonstração e educação em saúde | 1 | 1,0 m² por ouvinte | HF |
1.1 | Sala de imunização | 1 | 6,0 m² | HF |
1.5 | Sala de armazenagem e distribuição de alimentos de programas especiais | 1,0 m² por tonelada para empilhamentos com h.= 2,0 m e com aproveitamento de 70% da m³ do ambiente | ||
1.2, 1.4, 1.5 | Sala de relatório | 1,0 m² por funcionário | ||
1.11 | Enfermagem | |||
1.11 | Sala de preparo de paciente (consulta de enferm., triagem, biometria) | 6,0 m² | HF | |
1.11 | Sala de serviços | 8,0 m² | HF | |
1.8; 1.11 | Sala de curativos / suturas e coleta de material (exceto ginecológico) | 9,0 m² | HF | |
1.11 | Sala de reidratação (oral e intravenosa) | 6,0 m² por paciente | HF;EE | |
1.11 | Sala de inalação individual | 1, obrigatório em unidades p/ tratamento de AIDS | 4,0 m² | HF;FAM;FO;E |
1.11 | Sala de inalação coletiva | 1,6 m² por paciente | HF;FAM;FO | |
1.11 | Sala de aplicação de medicamentos | 5,5 m² | HF | |
1.7 | Consultórios ¹ | |||
1.7; 1.8 | Consultório indiferenciado 4 | NC=(A.B):(C.D.E.F.) * | 7,5 m²com dim. mínima=2,2 m | HF |
1.7 | Consultório de serviço social – consulta de grupo | 6,0 m² 0,8 m²p/ paciente | ||
1.7; 1.8 | Consultório de ortopedia | 7,5 m² ou 6,0 m² ( área de exames comum a outros consultó-rios com área mínima de 7,0 m²). Dim. mínima de ambos=2,2 m | HF | |
1.7; 1.8 | Consultório diferenciado ( oftalmo, otorrino, etc.) | A depender do equipamento utilizado. Distância mínima entre ca- | HF | |
1.7; 1.8 | Consultório odontológico coletivo | deiras odontológicas individuais numa mesma sala = 1 m | HF;FAM;FVC | |
1.7; 1.8 | Consultório odontológico | 9,0 m² | ||
Internação de Curta Duração ² | ||||
1.11 | Posto de enfermagem e serviços | 1 a cada 12 leitos de curta duração | 6,0 m² | HF;EE |
1.11 | Área de prescrição médica | 2,0 m² | ||
1.8; 1.9; 1.10; 1.11; 1.12 | Quarto individual de curta duração | 1 | 10,0m² = quarto de 1 leito
7,0m² por leito = quarto de 2 leitos 6,0m²por leito = quarto de 3 a 6 leitos |
HF; HQ; FO; FAM; EE; ED |
1.8; 1.9; 1.10; 1.11; 1.12 | Quarto coletivo de curta duração | N.º máximo de leitos por quarto = 6
Distância entre leitos paralelos = 1m Distância entre leito e paredes: cabeceira = inexistente; pé do leito = 1,2m; lateral = 0,5m Na pediatria e na geriatria devem ser previstos espaços para cadeira de acompanhante ao lado do leito |
Vide Portaria Conjunta MS/GAB nº 1 de 02/08/00 sobre funcionamento de estabelecimentos privados de vacinação e Portaria MS/GAB nº 44 de 10/01/01 sobre hospital-dia no âmbito do SUS.
¹ Admite-se consultórios agrupados sem ambientes de apoio, desde que funcionem de forma individual. Nesses caso os ambientes de apoio se resumem a sala(s) de espera e recepção e sanitário(s) para público e, caso haja consultórios de ginecologia, proctologia e urologia, sanitário para pacientes anexo à esses.
² Quando o EAS possuir unidade de internação, esta pode ser utilizada para manutenção de pacientes em observação pós-cirurgia ambulatorial.
³ Exlusivo para unidades que dão assistência à pacientes com AIDS.
UNIDADE FUNCIONAL: 2 – ATENDIMENTO IMEDIATO
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Nº ATIV. | UNIDADE / AMBIENTE | DIMENSIONAMENTO | INSTALAÇÕES | |
QUANTIFICAÇÃO (min.) | DIMENSÃO(min.) | |||
2.1;2.2 | Atendimentos de Urgência e Emergência | |||
Urgências (baixa e média complexidade) | ||||
Área externa para desembarque de ambulâncias | 1 | 21,00 m² de área coberta | ||
2.1.1 | Sala de triagem médica e/ou de enfermagem | 1 | 8,0 m² | HF |
2.1.2 | Sala de serviço social | 1 | 6,0 m² | |
2.1.3;2.2.3 | Sala de higienização | 8,0 m² | HF;HQ | |
2.1.4;2.1.5 | Sala de suturas / curativos | 1 | 9,0 m² | HF;FAM;EE |
2.1.4;2.1.5 | Sala de reidratação | 6,0 m² por leito | HF;FAM;EE | |
2.1.4;2.1.5 | Sala de inalação | 1 | 1,6 m² por paciente | FAM;FO;EE |
2.1.4 | Sala de aplicação de medicamentos | 5,0 m² | HF | |
2.1.4;2.1.5 | Sala de gesso e redução de fraturas | 1 | 10,0 m² quando houver boxes individuais = 4,0 m² por box | HF;HQ;CD;EE |
2.1.5 | Sala para exame indiferenciado | 1. Cálculo do nº de salas: NAU= PG . CHA . A ¹ | 7,5 m² | HF;EE |
2.1.5 | Sala para exame diferenciado (oftalmo, otorrino, etc) | A depender do equipamento utilizado | HF;EE;ADE | |
2.1.5;2.1.7 | Sala de observação | 1 quando não existir a unidade de emergência | 8,5 m² | HF;EE |
2.1.4 | Posto de enfermagem e serviços | 1 a cada 12 leitos de observação | 6,0 m² | HF;EE |
AMBIENTES DE APOIO:
Urgência ( baixa e média complexidade )
-Área para notificação médica de pacientes
-Área de recepção de pacientes
-Sanitários para pacientes (geral – mas. e fem. e consultórios de gineco-obstetrícia, urologia e proctologia)
-Sala de utilidades
-Sala de espera para pacientes e acompanhantes
-Depósito de material de limpeza
-Área para guarda de macas e cadeira de rodas
*-Sala administrativa
*-Copa
¹NAU=Nº de atendimentos de urgência
PG= População geral
CHA=Nº de consultas/habitantes/ano
A= Estimativa percentual do total de consultas médicas que demandam atendimento de emergência
UNIDADE FUNCIONAL: 2 – ATENDIMENTO IMEDIATO
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Nº ATIV. | UNIDADE / AMBIENTE | DIMENSIONAMENTO | INSTALAÇÕES | |
QUANTIFICAÇÃO (min.) | DIMENSÃO(min.) | |||
2.1;2.2 | Atendimentos de Urgência e Emergência (cont.) | |||
Urgências (alta complexidade) e Emergências | ||||
2.2.4 | Posto de enfermagem / prescrição médica | 1 para cada 12 leitos de observação | 6,0 m² | HF;EE |
2.2.4 | Sala de serviços | 1 | 5,7 m² | HF;EE |
2.2.4 à 2.2.7 | Sala de isolamento | 8,0 m² | HF;HQ;FO;FAM;EE | |
2.2.4 à 2.2.7 | Sala coletiva de observação de pediatria | 1 de pediatria, 2 de adulto (mas e fem). O nº de leitos é calculado so- | 8,5 m² por leito | HF;FO;FAM;EE |
2.2.4 à 2.2.7 | Salas coletivas de observação de adulto – masculina e feminina ¹ | bre a estimativa do total de atendi-mento de emergência e urgência. A sala de pediatria é opcional quando o nº de leitos total de obs. for £ a 6. | 8,5 m² por leito | HF;FO;FAM;EE |
2.2.1;2.2.3 à 2.2.6 | Sala de procedimentos especiais ( invasivos ) | 15,0 m² | FO;FN;FVC;
FAM;AC;EE;ED |
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Área de escovação | 2 torneiras por sala invasivos | 1,10 m² por torneira | HF;HQ | |
2.2.1;2.2.3 à 2.2.6 | Sala de emergências (politraumatismo, parada cardíaca, etc) | 1 | 12 m²por leito (2 leitos no min.), com distância de 1 m entre estes e paredes, exceto cabeceira e com espaço suficiente para manobra da maca junto ao pé dessa. Pé-direito mínimo = 2,7 m | HF;FO;FN;FVC;
FAM;AC;EE |
AMBIENTES DE APOIO (deve-se acrescer os ambientes de apoio da urgência de baixa e média complexidade):
Atendimento de Urgência e Emergência
-Área para guarda de pertences de pacientes -Depósito de equipamentos
-Agência transfusional ² – Sala de distribuição de hemocomponentes (“in loco” ou não)
-Banheiros para pacientes (salas de observação e isolamento) *– Salas administrativas
-Rouparia *- Copa
-Sanitários para funcionários *- Posto policial
-Banheiro para funcionários (plantão)
-Quarto de plantão
Obs.: Caso tenha-se atendimento pediátrico na unidade, este deverá ser diferenciado do de adultos, com s. de observação e de espera próprias. Admite-se uma única sala de espera quando o nº total de s. de exames for £ a 4.
Deve-se acrescer aos ambientes listados nesta tabela, todos os ambientes contidos na tabela anterior de urgências de baixa e média complexidade, inclusive os ambientes de apoio. As unidades de alta complexidade e/ou emergência são compostas pelos ambientes desta tabela, mais os ambientes obrigatórios das urgências de baixa e média complexidade.
¹ Admite-se uma única sala para homens e mulheres, desde que entre os leitos haja algum dispositivo de vedação que permita a privacidade dos pacientes e o nº total de leitos não for maior do que 12.
² “In loco” ou não. Obrigatório somente quando não existir outra unidade de hemoterapia com estocagem de hemocomponentes no EAS.
UNIDADE FUNCIONAL: 3 – INTERNAÇÃO
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Nº ATIV. | UNIDADE / AMBIENTE | DIMENSIONAMENTO | INSTALAÇÕES | |
QUANTIFICAÇÃO (min.) | DIMENSÃO(min.) | |||
3.1 | Internação geral (lactente, criança, adolescente e adulto) ¹ | |||
3.1.2;3.1.3 | Posto de enfermagem / prescrição médica | 1 posto a cada 30 leitos | 6,0 m² | HF;EE |
3.1.3 | Sala de serviço | 1 sala p/ cada posto de enfermagem | 5,7 m² | HF;EE |
3.1.2;3.1.3 | Sala de exames e curativos | 1 a cada 30 leitos ( quando existir enfermaria que não tenha sub-divisão física dos leitos ) | 7,5 m² | HF;FAM;EE |
3.1.2 | Área para prescrição médica | 2,0 m² | ||
3.1.3 | Área de cuidados e higienização de lactente | 1 a cada 12 berços ou fração | 4,0 m² | HF;HQ |
3.1.1 à 3.1.5;3.1.7 | Enfermaria de lactente | 15 % dos leitos do estabelecimento. | 4,5m² por leito = lactente | HF;HQ;FO;FAM; |
3.1.1 à 3.1.5;3.1.7; 4.5.9 | Quarto de criança | Deve haver no mínimo 1 quarto que possa servir para isolamento a cada | 9,0m² = quarto de 1 leito
5,0m² por leito = criança |
EE;ED; FVC ( no caso do uso para |
3.1.1 à 3.1.5;3.1.7 | Enfermaria de criança | 30 leitos ou fração | Nº máximo de crianças até 2 anos por enfermaria = 12 | “PPP” );EE;AC ¹ |
3.1.1 à 3.1.5;4.5.9; 4.7.2;4.7.3 | Quarto de adolescente | 10,0m² = quarto de 1 leito, ou 14,0m² com dimensão mínima de 3,0m no caso do uso para “PPP”
7,0m² por leito = quarto de 2 leitos |
||
3.1.1 à 3.1.5 | Enfermaria de adolescente | 6,0m²por leito = enfermaria de 3 a 6 leitos | ||
3.1.1`a 3.1.5;4.5.9; 4.7.2.;4.7.3;3.2.1 | Quarto de adulto | A cada 30 leitos ou fração deve existir no mínimo 1 quarto para situações que requeiram isolamento | Nº máximo de leitos por enfermaria = 6
Distância entre leitos paralelos = 1m Distância entre leito e paredes: |
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3.1.1`a 3.1.5;3.2.1 | Enfermaria de adulto | cabeceira = inexistente; pé do leito = 1,2 m; lateral = 0,5m
Para alojamento conjunto, o berço deve ficar ao lado do leito da mãe e afastado 0,6 m de outro berço. |
||
3.1.6 | Área de recreação / lazer / refeitório | 1 para cada unidade de pediatria, psiquiatria e crônicos | 1,2 m² por paciente em condições de exercer atividades recreativas / lazer | HF |
8.6.3; 8.6.4 | Área ou antecâmara de acesso ao quarto de isolamento | 1,8 m² | HF | |
3.1.7 | Sala de aula | 0,8m ²por aluno |
AMBIENTES DE APOIO:
-Sala de utilidades -Banheiro (anexo a sala de estar para acompanhantes na pediatria)
–Banheiro para acompanhantes na pediatria *-Área para guarda de macas e cadeira de rodas
-Sanitários para público e funcionário ( mas. e fem. ) *-Sala administrativa
-Rouparia *-Sanitários para funcionários
–Sala de estar para acompanhantes na pediatria *-Sala de estar para pacientes, acompanhantes e visitantes
-Depósito de material de limpeza *-Depósito de equipamentos e materiais
-Banheiro para pacientes (cada quarto ou enfermaria, exceto lactente, deve ter acesso *-Sala para coleta de leite humano (somente para enfermarias)
direto a um banheiro, podendo este servir a no máximo 2 enfermarias) *-Copa de distribuição
Obs.: – O posto pode se apresentar dividido em sub-unidades. Neste caso deve haver ao menos uma sala de serviço a cada 30 leitos. Estas sub-unidades podem ter variações quanto à dimensão mínima.
– Os quartos e enfermarias da pediatria devem possuir painéis de vidro nas paredes divisórias com a circulação.
– Na pediatria e na geriatria devem ser previstos espaços para poltrona de acompanhante ao lado do leito. O mesmo deve acontecer no caso de alojamento conjunto, reservando-se um espaço para o berço ao lado da cama da mãe. Nesse último caso as metragens quadradas permanecem as mesmas citadas na tabela. Vide estatuto da Criança e do Adolescente ( Lei nº 8069/90 ).
– Na internação de idosos em hospitais públicos deve ser previsto espaço para poltrona de acompanhante ao lado do leito. Nesse caso as metragens quadradas permanecem as mesmas citadas na tabela. Vide Portaria
MS/GAB nº 280 DE 07/04/99 publicada no DO de 08/04/99.
– No caso da adoção da técnica de alojamento conjunto, o quarto ou a enfermaria deve possuir uma bancada servida por água quente para higienização do RN, quando esse serviço não for realizado na neonatologia.
– PPP = pré-parto/parto/pós-parto – técnica para partos através de processos fisiológicos. O quarto deve possuir área para reanimação de RN. No caso do uso de sala separada para reanimação de RN, vide tabela de CPN.
– A área de cuidados e higenização de lacternte deve possuir uma pia de despejo.
– A sala de estar para acompanhantes na pediatria é optativa quando a unidade de internação pediátrica for composta por somente quartos individuais.
– Para internação de transplantados de medula óssea é exigida uma sub-unidade exclusiva, com capacidade de no mínimo 3 quartos individuais com filtragem absoluta do ar interior ¹ no caso de transplantados alogênicos. Vide Portaria MS/GAB nº 1316 de 30/11/00 – Regulamento Técnico para transplante de medula óssea e outros precursores hematopoéticos.
¹ Vide adendo – Classificação dos pacientes segundo faixa etária.
UNIDADE FUNCIONAL: 3 – INTERNAÇÃO (cont.)
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Nº ATIV. | UNIDADE / AMBIENTE | DIMENSIONAMENTO | INSTALAÇÕES | |
QUANTIFICAÇÃO (min.) | DIMENSÃO(min.) | |||
3.2 | Internação de recém-nascido (neonatologia) | A unidade completa é obrigatória a partir da existência de 12 berços de RN de c. intermediários/sadios ou 5 berços de RN de cuidados intensivos ¹ | ||
3.2.4;3.2.5 | Posto de enfermagem / prescrição médica | 1 a cada 15 berços de cuidados in-termediários ou sadios e 1 para cada berçário de cuidados intensivos | 4,5 m² | HF;EE |
3.2.4. | Área para prescrição médica | 2,0 m² | ||
3.2.5 | Área de serviços de enfermagem | 1 Área de serviços por posto de enfermagem | 6,0 m² | HF;EE |
3.2.5 | Área de cuidados e higienização² | 1 a cada 15 berços ou fração | 4,0 m² | HF;HQ;FVC;
FAM; EE |
3.2.1;3.2.6 | Berçário de sadios | 2,2 m² por berço (R.N. sadio) e 4,5 m² (outros), mantendo uma distância mínima de 0,6 m (sadios) e 1 m (outros) entre berços e entre estes e paredes, exceto entre cabeceira do berço e parede. | HF; EE | |
3.2.2;3.2.6 | Berçário de cuidados intermediários | 1. Devem existir 4 berços a cada 80 RN/ano de baixo peso (-2500 g) | Para alojamento conjunto³, o berço deve ficar ao lado do leito da mãe e afastado 0,6 m de outro berço. | HF;HQ;FVC;
FAM; EE;FO |
3.2.3;3.2.6 | Berçário de cuidados intensivos – UTI neonatal 4 | Mínimo de 5 leitos, sendo 1 berços a cada 80 RN/ano de baixo peso (-2500 g). É obrigatório em todo em EAS que atendam gravidez/parto de alto risco | 6,5 m² por berço.
Distância entre paredes e berço = 1 m, exceto cabeceira Distância entre berços = 2 m |
HF;FO;FAM;AC;EE; FVC;ED;E |
Vide Manual de Assistência ao Recém Nascido, Coordenação Materno Infantil do Ministério da Saúde, 1994 e Portaria 1091/GM de 25/08/99, publicada no DO 26/08/99, sobre Unidade de cuidados intermediários neonatal no âmbito do SUS.
AMBIENTES DE APOIO:
Internação de recém-nascido – neonatologia ( unidade de acesso restrito):
-Sala de utilidades *-Sala administrativa
-Área para registro de pacientes (controle de entrada e saída) *-Copa de distribuição
-Quarto de plantão (“in loco” ou não) *-Área para guarda de carros de transferência de R.N.
-Sanitários para funcionários *-Sala para coleta de leite (obrigatório quando a mãe não estiver internada no mesmo EAS)
-Depósito de equipamentos / materiais *-Sala de estar para visitante (anexa à unidade)
-Depósito de material de limpeza *-Sanitários para público (junto à sala de estar)
-Vestiário de acesso à unidade
Obs.: – Os berçários devem possuir painéis de vidro na área de visão, instalados nas paredes.
¹ EAS com menos de 12 leitos de RN podem prescindir da unidade física de neonatologia completa, entretanto devem possuir na unidade de internação geral ao menos o ambiente “berçário de cuidados intermediários”, com o mesmo dimensionamento da tabela de acima. Neste ambiente deve ser instalada uma bancada com pia com água quente para cuidados e higenização dos RNs. O posto de enfermagem pode ser compartilhado com o da unidade de internação geral onde o berçário citado está instalado, desde que este seja contíguo ao posto.
² A sala de cuidados e higenização de lactente deve possuir uma pia de despejo.
³ Obrigatório de acordo com o Estatuto da Criança e do Adolescente ( Lei nº 8069/90 ).
4 Preferencialmente deve estar localizado na unidade de neonatologia. Poderá eventualmente localizar-se no CTI/UTI.
UNIDADE FUNCIONAL: 3 – INTERNAÇÃO (cont.)
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Nº ATIV. | UNIDADE / AMBIENTE | DIMENSIONAMENTO | INSTALAÇÕES | |
QUANTIFICAÇÃO (min.) | DIMENSÃO(min.) | |||
3.3 | Internação intensiva-UTI / CTI (1) | É obrigatória a existência em hospitais terciários e em hospitais secundários com capacidade ³ 100 leitos, bem como nos especializados que atendam pacientes graves ou de risco e em EAS que atendam gravidez /parto de alto risco. Neste último caso o EAS deve dispor de UTIs adulto e neonatal. | ||
3.3.2;3.3.3; 3.3.5 | Posto de enfermagem / área de serviços de enfermagem | 1 para cada área coletiva ou conjunto de quartos, independente do nº de leitos. | Ao menos um dos postos (quando houver mais de um) deve possuir 6,0m². | HF;EE |
3.3.2 | Área para prescrição médica | 1,5 m² | ||
3.3.1 à 3.3.3;
3.3.5; à 3.3.7 |
Quarto (isolamento ou não) | Mínimo de 5 leitos podendo existir quartos ou áreas coletivas, ou am-bos a critério do EAS. O nº de leitos de UTI deve corresponder a no mí-nimo 6% do total de leitos do EAS. | 10,0 m²com distância de 1 m entre paredes e leito, exceto cabeceira e com espaço suficiente para manobra da maca junto ao pé dessa. | HF;FO;FAM;AC;EE;FVC;ED;E |
3.3.1 à 3.3.3;
3.3.5; à 3.3.7 |
Área coletiva de tratamento ( exceto neonatologia ) | Deve ser previsto um quarto de isolamento para cada 10 leitos de UTI, ou fração. | 9,0 m² por leito com distância de 1 m entre paredes e leito, exceto cabeceira e de 2 m entre leitos e com espaço suficiente para manobra da maca junto ao pé dessa. | HF;FO;FAM;AC;EE;FVC;ED |
5.3.1; 5.3.2 | Sala de higenização e preparo de equipamentos / material | 1. “In loco” ou não | 6,0m² com dimensão mínima igual a 1,5 m | HF |
3.3.8 | Sala de entrevistas | 6,0m² |
AMBIENTES DE APOIO:
CTI/UTI ( unidade de acesso restrito):
–Sala de utilidades -Sala de espera para acompanhantes e visitantes ( anexo à unidade ou não )
-Quarto de plantão -Sala administrativa ( secretaria )
-Rouparia -Depósito de material de limpeza
-Depósito de equipamentos e materiais -Copa
-Banheiro para quarto de plantão *-Área de estar para equipe de saúde
-Sanitários com vestiários para funcionários ( mas. e fem. ) *-Sanitário para público (junto à sala de espera)
-Sanitário para pacientes ( geral ) – Pode ser substituído, quando se fizer uso de quartos individuais, por equipamento ou bancada contendo lavatório e bacia sanitária juntos.
Obs.: – Os boxes das áreas coletiva de tratamento devem possuir dispositivos que permitam a privacidade dos pacientes quando necessário.
– Na UTI pediátrica deve ser prevista poltrona para acompanhante junto aos leitos, sem que isto implique em aumento de área prevista para cada leito.
– A sala de espera pode ser compartilhada com setores afins do hospital, desde que seja dimensionada de forma a atender à demanda das unidades a que se destina.
– O posto de enfermagem deve estar instalado de forma a permitir observação visual direta ou eletrônica dos leitos ou berços. No caso de observação visual por meio eletrônico, deverá dispor de uma central de monitores.
UNIDADE FUNCIONAL: 3 – INTERNAÇÃO (cont.)
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Nº ATIV. | UNIDADE / AMBIENTE | DIMENSIONAMENTO | INSTALAÇÕES | |
QUANTIFICAÇÃO (min.) | DIMENSÃO(min.) | |||
Internação Para Tratamento Intensivo de Queimados-UTQ | A unidade deve existir a partir da necessidade de 5 leitos para queimados | |||
3.4.1 | Área de recepção e preparo de paciente | 1 | Suficiente para o recebimento de uma maca | |
3.4.3;3.4.4;3.4.9 | Posto de enfermagem / prescrição médica | 1 a cada 10 leitos
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6,0 m² | HF;EE |
3.4.3 | Área para prescrição médica | 2,0 m² | ||
3.4.3;3.4.4;3.4.6 | Sala de exames e curativos | 1 a cada 30 leitos ( quando existir enfermaria que não tenha sub-divisão física dos leitos ) | 7,5 m² | HF;FAM;EE |
3.4.4 | Sala de serviços | Cada posto deve ser servido por ao menos 1 sala. | 5,7 m² | HF;EE |
3.4.2;3.4.4;
3.4.9;3.4.10 |
Quarto | A cada 10 leitos de enfermaria ou fração,tem de existir um quarto para | 12,0m² com distância de 1 m entre paredes e leito, exceto cabeceira | HF;HQ;FO;FAM;
FVC;AC;EE;ED |
3.4.2;3.4.4
3.4.9;3.4.10 |
Enfermaria de adulto, de adolescente e criança | isolamento. Nº máximo de leitos por enfermaria = 6 | 7,0m² por leito = quarto de 2 leitos
6,0m² por leito = enfermaria de 3 à 6 leitos Distância entre leitos paralelos = 1m Distância entre leito e paredes = cabeceira = inexistente; pé do leito = 1,2m; lateral = 0,5m Nos leitos pediatria, deve ser previsto espaço para cadeira de acompanhante ao lado destes |
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3.4.5;3.4.6 | Sala para tratamento de balneoterapia | 1 | 12,0 m² | HF;HQ;FO;EE;
ED;FN |
3.4.3;3.4.4 | Banco de pele | 3,0 m² | HF;EE |
AMBIENTES DE APOIO:
UTQ ( unidade de acesso restrito):
–Sala de utilidades -Salão para cinésioterapia e mecanoterapia (“in loco” ou não)
-Sala cirúrgica (“in loco” ou no centro cirúrgico) -Depósito de material de limpeza
-Copa *-Área para guarda de macas e cadeira de rodas
-Depósito de equipamentos *-Sala administrativa
-Rouparia *-Sala de estar para visitante (anexo à unidade)
-Quarto de plantão para funcionários (“in loco” ou não ) *-Sanitário para público (sala de estar)
-Banheiros com vestiários para funcionários (paramentação, barreira de acesso à unidade – mas. e fem.)
-Banheiro para pacientes (cada quarto ou enfermaria deve ter acesso direto a um banheiro, podendo este servir a no máximo 2 enfermarias)