Como Montar uma Unidade de Centro Cirúrgico

Como Montar uma Unidade de Centro Cirúrgico

 

PROJETOS PARA CLÍNICAS E HOSPITAIS

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O centro Cirúrgico é dividido em dois tipos: O centro Cirúrgico e o centro cirúrgico ambulatorial. O primeiro é uma unidade destinada ao desenvolvimento de atividades cirúrgicas, bem como à recuperação pós-anestésica e pós-operatória imediata. Já o Centro cirúrgico ambulatorial, uma unidade destinada ao desenvolvimento de atividades cirúrgicas que não demandam internação dos pacientes. Próximo da unidade de centro cirúrgico, podemos observar a  de implantação de Centro de parto normal e Centro obstétrico.

 

“(…) Atualmente, alguns hospitais de emergência com alta resolutividade, principalmente
aqueles localizados nos grandes centros urbanos, são dotados de Centros de Trauma. Nesses
ambientes, destinados a atender os casos mais críticos, os pacientes permanecem apenas por
poucos minutos, durante os quais equipes especialmente treinadas decidem seu
encaminhamento para o Centro Cirúrgico ou para a UTI.(…)” (MINISTÉRIO DA SAÚDE,2014)

 

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A realização de cirurgias de pequeno porte (cirurgias ambulatoriais) exige um ambiente
com as mesmas características da sala de procedimentos invasivos, acrescido de vestiários de
barreira para a equipe de saúde. (MS,2014)

A Unidade de Centro Cirúrgico pode ser definida como um conjunto de áreas e
instalações destinadas à realização de procedimentos anestésico-cirúrgicos, recuperação anestésica e pós-operatório imediato, de forma a promover a segurança e conforto para o paciente e equipe. (SOBECC, 2017)

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Materiais de Acabamento

A Unidade de Ambulatório pode ser classificada, quanto ao risco de transmissão de
infecções, em área semicrítica, de acordo com a RDC n°50/2002 (ANVISA, 2004). Para essas áreas são recomendados, em revestimentos de pisos, paredes e tetos, materiais resistentes à lavagem e ao uso de desinfetantes. As superfícies devem ser lisas, monolíticas e possuir o menor número possível de frestas ou ranhuras. Em tetos, podem ser utilizados forros removíveis, desde que sejam resistentes aos processos de limpeza, descontaminação e desinfecção. Em paredes, podem ser utilizadas pinturas ou divisórias removíveis, desde que sejam laváveis. Os pisos devem conter o menor número possível de juntas e frestas, pois estas, além de acumularem sujeira, não possuem a mesma resistência do material principal utilizado (BICALHO; BARCELLOS, 2003).

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UNIDADE FUNCIONAL: 4 – APOIO AO DIAGNÓSTICO E TERAPIA (cont.)

 

Nº ATIV. UNIDADE / AMBIENTE DIMENSIONAMENTO INSTALAÇÕES
    QUANTIFICAÇÃO (min.) DIMENSÃO(min.)  
4.6 Centro Cirúrgico ¹      
4.6.1 Área de recepção de paciente 1 Suficiente para o recebimento de uma maca  
4.6.2 Sala de guarda e preparo de anestésicos   4,0 m² HF;FAM
4.6.2 Área de indução anestésica   2 macas no mínimo, com distância entre estas igual a 0,8 m, entre macas e paredes, exceto cabeceira, igual à 0,6 m e com espaço suficiente para manobra da maca junto ao pé dessa. HF;FN;FVC;FO;

FAM;AC;EE;ED

4.6.3 Área de escovação Até 2 salas cirúrgicas = 2 torneiras por cada sala. Mais de 2 salas cirúrgicas = 2 torneiras a cada novo par de salas ou fração 1,10 m² por torneira com dim. mínima = 1,0 m HF;HQ
4.6.4; 4.6.5;4.6.8 Sala pequena de cirurgia ( oftalmologia , endoscopia , otorrinolaringo-logia, etc) 2 salas. Para cada 50 leitos não especializados ou 15 leitos cirúrgi- S. pequena: 20,0 m² com dimensão mínima = 3,45 m.

S. média: 25,0 m² com dimensão mínima = 4,65 m

FO;FN;FAM;

FVC;AC;EE;ED;

  Sala média de cirurgia (geral) cos deve haver uma sala. Estabe-lecimentos especializados (cardiolo-gia, cirur gia, etc ) tem de fazer um S. grande 36,0 m²com dim. mínima = 5,0 m.

 

Cada sala só pode conter uma única mesa cirúrgica.

E; ADE
  Sala grande de cirurgia ( ortopedia, neurologia, cardiologia, etc ) cálculo específico Pé-direito mínimo = 2,7 m  
4.6.4; 4.6.9 Sala de apoio às cirurgias especializadas   12,0 m² HF;AC;EE;

ED

4.6.6 Área para prescrição médica   2,0 m² EE
4.6.6 Posto de enfermagem e serviços 1 a cada 12 leitos de recuperação pós-anestésica 6,0 m² HF;AC;EE
4.6.7 Área de recuperação pós-anestésica 1 2 macas no mínimo, com distância entre estas igual a 0,8 m, entre macas e paredes, exceto cabeceira, igual à 0,6 m e com espaço suficiente para manobra da maca junto ao pé dessa. O nº de macas deve ser igual ao nº de salas cirúrgicas + 1. No caso de cirurgias de alta complexidade a recuperação pode se dar diretamente na UTI. Nesse caso, o cálculo do nº de macas deve considerar somente as salas para cirurgias menos complexas. HF;FO;FAM;AC;FVC;EE;ED

AMBIENTES DE APOIO :

Centro Cirúrgico ( unidade de acesso restrito):

  • Sala de utilidades
  • Copa
  • Banheiros com vestiários para funcionários (barreira)
  • Sala de espera para acompanhantes (anexa à unidade)
  • Sala administrativa
  • Sanitários para acompanhantes (sala de espera)
  • Laboratório para revelação de chapas (“in loco” ou não)
  • Sala de estar para funcionários
  • Sala de preparo de equipamentos / material
  • Área para guarda de macas e cadeira de rodas
  • Depósitos de equipamentos e materiais
  • Área de biópsia de congelamento
  • Sala de distribuição de hemocomponentes (“in loco” ou não)

 

Sala de Procedimentos Invasivos

Esta sala, onde são desenvolvidos os chamados procedimentos invasivos (aplicação de
sondas, endoscopia, traqueotomia, etc.), necessita de um grau de assepsia semelhante a de um Centro Cirúrgico, demandando ar condicionado com renovação e pressão positiva, além de paredes e tetos pintados com tinta do tipo “epóxi”, material de alta resistência à lavagem com produtos químicos. As salas devem ser dotadas de lavabo cirúrgico (com duas torneiras por sala), gases medicinais e piso condutivo.(Ministério da Saúde, 2014)

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Exemplo de Layout de acordo com RDC 50 para Sala de procedimentos especiais invasivos (2014 Ministério da Saúde, Programação Arquitetônica de Unidades Funcionais de Saúde)

 

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A RDC Anvisa nº 50/2002 classifica tal serviço de saúde como apoio ao diagnóstico e à
terapia, no qual são realizadas tarefas diretamente ligadas às atividades-fim do estabelecimento
assistencial de saúde que envolvem o reconhecimento e a recuperação do estado de saúde dos
pacientes. Ou seja, seu papel na unidade hospitalar é estabelecer diagnósticos de doenças, sua
prevenção e a avaliação da qualidade dos cuidados médicos prestados.(2014, Ministério da Saúde)

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O Centro Cirúrgico (CC) compreende uma área crítica, de acesso restrito, e é considerado
uma das unidades mais complexas do Hospital, não só por sua especificidade em realizar procedimentos invasivos, mais também por ser um local fechado que expõe a paciente e a equipe de saúde em situações estressantes.

O Serviço do Centro Cirúrgico tem por finalidade:

  • Desenvolver atividades de assistência baseado em princípios científicos, tecnológicos e normas organizacionais;
  • Prestar assistência integral às pacientes durante o período perioperatório seja em
    cirurgias eletivas ou cirurgias de urgência/emergência;
  •  Prever e prover recursos humanos e materiais necessários para a assistência no
    atendimento das pacientes;
  • Colaborar com as Instituições de Ensino que utilizam o Hospital como campo de ensino;
  • Colaborar no desenvolvimento de pesquisas na área da Saúde.

(Fonte: SUS (Brasil). UNIVERSIDADE FEDERAL DO VALE DO SÃO FRANCISCO et alMANUAL DE NORMAS E ROTINAS DO CENTRO CIRÚRGICO.)

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