Como Montar Uma Unidade de Patologia Clínica
A Patologia Clínica, ou Medicina Laboratorial, cuida da análise de fluidos orgânicos, como
sangue, fezes, urina e outras secreções, constituindo-se em um dos mais importantes auxiliares
no diagnóstico de doenças. A arquitetura desses laboratórios vem experimentando notáveis
avanços nos últimos anos, não somente pelo natural desenvolvimento tecnológico, mas pelo
surgimento de novos exames e procedimentos. (Brasília – DF 2014)
PROJETOS PARA CLÍNICAS E HOSPITAIS
Algumas funções exercidas no espaço dedicado à patologia clinica são:
- receber ou proceder a coleta de material (no próprio laboratório ou descentralizada);
- fazer a triagem do material;
- fazer análise e procedimentos laboratoriais de substâncias ou materiais biológicos com finalidade diagnóstica e de pesquisa;
- fazer o preparo de reagentes/soluções;
- fazer a desinfecção do material analisado a ser descartado;
- fazer a lavagem e preparo do material utilizado; e
- emitir laudo das análises realizadas.
PROJETOS PARA CLÍNICAS E HOSPITAIS
UNIDADE FUNCIONAL: 4 – APOIO AO DIAGNÓSTICO E TERAPIA
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Nº ATIV. | UNIDADE / AMBIENTE | DIMENSIONAMENTO | INSTALAÇÕES | |
QUANTIFICAÇÃO (min.) | DIMENSÃO(min.) | |||
4.1 | Patologia Clínica | |||
4.1.1; 4.1.2 | Box de coleta de material | 1 para cada 15 coletas / hora. | 1,5 m² por box. Um dos boxes deve ser destinado à maca e com dimensão para tal | |
4.1.1; 4.1.2 | Sala para coleta de material | Caso haja só um ambiente de coleta, este tem de ser do tipo sala | 3,6 m² | HF |
4.1.2 | Área para classificação e distribuição de amostras | 3,0 m² | HF | |
4.1.4 | Sala de preparo de reagentes | 3,0 m² | HF;CD;E | |
4.1.3 a 4.1.7
4.9.8; 4.9.9 |
Laboratório de hematologia | 1. A depender do tipo de atividades exercidas pelo EAS, o laboratório | 14,0 m² para um laboratório “geral”. 6,0 m² para um laboratório. específico (ex.: hematologia) | HF;CD;ED;FG;
EE;E;ADE |
4.1.3 a 4.1.7 | Laboratório de parasitologia
– Área de preparo – Área de microscopia |
pode subdividir-se em vários ou-tros. Quando existir UTI, UTQ ou emergência no estabelecimento , | ||
4.1.3 a 4.1.7 | Laboratório de urinálise | tem de haver um laboratório dando | ||
4.1.3 a 4.1.7
4.9.8; 4.9.9 |
Laboratório de imunologia ²
– Câmara de imunofluorescência |
suporte a estas unidades por 24 horas. A câmara de imunofluores – | ||
4.1.3 a 4.1.7 | Laboratório de bacteriologia ou microbiologia | cência é optativa ADE. | ||
Laboratório de micologia | ||||
Laboratório de virologia
– Antecâmara de paramentação – Sala de manuseio de células |
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Laboratório de bioquímica
-Área para eletroforese |
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4.1.3 a 4.1.7 | Laboratório de biologia molecular ² | |||
4.9.8; 4.9.9 | – Sala de preparo de soluções ³ | 9,0 m² | ||
– Sala de extração de ácidos nucléicos ³ | 8,5 m² | |||
– Antecâmara de paramentação exclusiva para acesso à sala de PCR | 2,8 m² | HF | ||
– Sala de PCR (amplificação)
– Área de preparo de géis |
6,0 m² | HF;FG;CD;EE;
ED;ADE |
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4.1.4 | – Sala de revelação de géis | “In loco” no laboratório ou não | 4,0 m² | ED;ADE |
4.3.4; 4.1.3a 4.1.7. | Laboratório de suporte à UTI e UTQ¹ | 8,0 m² | HF;FG;CD;EE;
ED; E;ADE |
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4.3.4; 4.1.3 a 4.1.7 | Laboratório de emergência | 16,0 m² |
PROJETOS PARA CLÍNICAS E HOSPITAIS
AMBIENTES DE APOIO:
–Área para registro de pacientes -Depósito de material de limpeza
-Sala de espera para pacientes e acompanhantes -Sala de esterilização de material
-Sanitários para pacientes e acompanhantes *-Copa
-Sanitários para funcionários (“in loco” ou não) *-Quarto de plantão (quando houver funcionamento por 24 horas)
-Salas administrativas *-Depósito de equipamentos e materiais
Materiais de Acabamento
O acabamento externo de pisos, paredes, tetos, forros, bancadas e armários de
laboratórios deverá estar adaptado às peculiaridades dos procedimentos previstos, mas
algumas diretrizes gerais podem ser consideradas. Os pisos deverão permitir a fácil limpeza, ser
antiderrapantes e resistentes à abrasão. Devem-se evitar juntas mais baixas, largas ou que
absorvam a umidade. As paredes deverão ter acabamento fosco e que permita a lavagem. Não
é aconselhável a utilização de forros que absorvam a umidade ou que não permitam o asseio
com pano úmido. As bancadas devem resistir à umidade e aos produtos químicos utilizados,
permitindo o asseio constante, não possuindo juntas ou reentrâncias. Os armários, sempre
confeccionados até o teto, devem ser executados com revestimento que facilite a limpeza,
sendo de cor clara e lisos. Os prensados melamínicos e as pinturas à base de epóxi ou
automotiva são os acabamentos mais utilizados. (MINISTÉRIO DA SAÚDE, Brasília – DF
2014)
PROJETOS PARA CLÍNICAS E HOSPITAIS
Biossegurança
Os cuidados relativos à biossegurança são essenciais nos laboratórios de patologia
clínica, havendo extenso arcabouço de normas e orientações que devem ser obrigatoriamente
obedecidas (CARVALHO, 2006).
PROJETOS PARA CLÍNICAS E HOSPITAIS
O projeto arquitetônico de laboratórios de patologia clínica deve ser implementado com o
máximo rigor técnico, para que os ambientes projetados possam abrigar corretamente
mobiliário, equipamentos e pessoas em fluxos e atividades devidas